terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cinema dos Anos 60



Apresentação

A década de 60 foi um período extremamente criativo e revolucionário em diversas cinematografias ao redor do mundo. O momento era de contestação e rediscussão dos modelos sociais. E o cinema desta época refletiu este desejo de mudança. Diferentes formas de ver, fazer e produzir filmes se manifestaram e um novo modelo de cinema surgiu. O curso NOVOS CINEMAS DOS ANOS 60, ministrado por Leonardo Bomfim, fará um recorte histórico daquela época em 3 Módulos de estudo que abordarão as principais cinematografias que redefiniram o cinema mundial.



Objetivo

Apresentar uma visão contextualizada e aprofundada do que significou a ruptura estabelecida na década de 1960 com os chamados “Novos Cinemas” – procurando identificar uma pré-história das rupturas nas décadas anteriores e a futura relevância para o cinema contemporâneo. Da Nouvelle Vague ao Novo Cinema Tcheco, do Cinema Novo Brasileiro à Nouvelle Vague Japonesa, quais os pontos de contato e de distanciamento entre os movimentos de vanguarda do cinema dos anos 1960?



Justificativa

Trata-se de um momento destacado da história do cinema, que vê a estréia de cineastas seminais como Jean-Luc Godard, Glauber Rocha, John Cassavetes, Alain Resnais, entre outros – talvez a primeira geração com total consciência histórica e estética do próprio cinema –, além do surgimento de cinematografias periféricas propondo rupturas radicais. Por sua liberdade em relação à linguagem, os “Novos Cinemas” podem ser considerados, ao mesmo tempo, o ápice do período moderno e o início do cinema pós-moderno. Para a devida compreensão das questões colocadas pelo cinema contemporâneo é de suma importância que se discuta as rupturas dos anos 1960.


Público alvo e Metodologia

Qualquer pessoa interessada em cinema, do iniciante ao estudioso. As aulas terão um suporte didático, com exibição de trechos de filmes e a distribuição de textos de referência, fazendo com que o aluno interessado possa acompanhar os encontros, mesmo sem um conhecimento prévio da história do cinema. A partir da contextualização histórica, pretende-se aprofundar as questões estéticas e de linguagem que aqueles filmes colocam. Portanto, a proposta é que um iniciante no assunto saia da oficina tendo uma visão bem ampla do que foram os “Novos Cinemas” dos 1960; e que o aluno que já tenha intimidade com o tema tome contato com uma abordagem diferente daquele universo. A estrutura cronológica das aulas pretende oferecer aos alunos uma possibilidade de construção de pensamento relacionada ao tema, para que no fim todos possam ter uma compreensão particular do que significaram os “Novos Cinemas”.


Conteúdo programático

Módulo 1
Introdução, Nouvelle Vague e Cinema Novo

Aula 1: A pré-história dos Novos Cinemas: a descoberta do cinema moderno pela crítica francesa, a defesa da mise en scène como aquilo que define a autoria do filme,  o cinema europeu do pós-guerra, as renovações pós-Orson Welles em Hollywood – é o cenário que encaminha as rupturas dos anos 1960. A Nouvelle Vague surge nesse contexto, é o grande movimento dos anos 1960, aquele que origina praticamente todos os outros novos cinemas. Mas existe uma Nouvelle Vague?

Aula 2:  Quando a revista francesa Cahiers du Cinéma resolve mapear as novidades cinematográficas em outros países, o Cinema Novo é colocado em destaque. Em meados dos anos 1960, vira sinônimo de cinema revolucionário. Que revolução propõe o Cinema Novo? Descobrir um Brasil; parece ser o lema dos primeiros filmes. Após o Golpe Militar, olhar para si torna-se quase obrigação. É o momento em que surge o Cinema Marginal – uma ruptura ou uma radicalização da estética cinemanovista?



Módulo 2
Nouvelle Vague Japonesa e Novo Cinema Tcheco

Aula 1: A Nouvelle Vague Japonesa representa uma ruptura significativa na cultura japonesa que, inclusive, transcende o cinema. A modernização crescente do país a partir do pós-guerra e a inevitável presença dos jovens começam a apagar a imagem clássica e conservadora que o país cultivava. Nesse contexto, a política e a figura da mulher se tornam a questão mais importante do jovem cinema japonês.

Aula 2: A ruptura do cinema no contexto comunista. A relação entre o Novo Cinema Tcheco e a produção do Leste europeu daquela época, especialmente a polonesa, tão festejada pelos críticos. Símbolo máximo da Primavera de Praga, os filmes tchecos optaram pelo humor caótico, de inclinação absurda, para colocar em cena os dramas de uma nação que vivia sob os olhos atentos da União Soviética.



Módulo 3
NOvo Cinema Americano e fim de caso?

Aula 1: Uma questão fundamental: pensar Hollywood no contexto dos Novos Cinemas. Como a indústria do cinema reage à mudança do estado das coisas do cinema? Ao mesmo tempo, ganha força o underground de Jonas Mekas e Andy Warhol. John Cassavetes também renova o cinema americano, autorizando a turbulência na mise en scène. No fim da década, filmes como Bonnie & Clyde, de Arthur Penn, e Sem Destino, de Dennis Hopper, acentuam o surgimento da geração que tomaria conta de Hollywood nos anos 1970. Há uma real ruptura ou uma continuidade que absorve apenas alguns aspectos dos novos cinemas?

Aula 2: A ressaca dos anos 1970 em filmes que ilustram tal condição: Tudo Vai Bem (Jean-Luc Godard, 1972), A Mãe e a Puta (Jean Eustache, 1973) e Quando Explode a Vingança (Sergio Leone, 1971). Num sentido estético, quais caminhos o cinema toma após a sobreposição de rupturas durante a década de 1960? E a herança dos Novos Cinemas para o cinema contemporâneo – o que sobrou?



Ministrante
Leonardo Bomfim
Jornalista e Mestre em Comunicação Social pela PUCRS. Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul – ACCIRS. Curador das mostras “Cinema Marginal” e “Cinema Black”, realizadas na sala de cinema P.F. Gastal. Diretor do documentário em longa-metragem Nas Paredes da Pedra Encantada (2011).  Diretor do videoclipe A Marchinha Psicótica de Dr. Soup, do Júpiter Maçã. Publicou artigos em revistas como Teorema; Norte; Noize e em sites como Senhor F; Fronteiras do Pensamento e Rock Press. Editou o site Freakium, sobre cultura pop, música e cinema, de 2005 a 2007. Atualmente, mantém o blog http://freakiumemeio.wordpress.com.


Curso NOVOS CINEMAS DOS ANOS 60 - de Leonardo Bomfim

Datas:
Módulo 1: 25 e 27 de setembro (terça e quinta)
Módulo 2: 02 e 04 de outubro (terça e quinta)
Módulo 3: 16 e 18 de outubro (terça e quinta)
Horário: 19h30 às 22h
Local: Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, nº 959 – Porto Alegre / RS)
Investimento: R$ 120,00 (3 Módulos) - Depósito bancário / Cartão de crédito
Material: Apostila e Certificado de participação

Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9176-4757

Realização: Cena UM


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