segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Expressionismo Alemão - Inscrições abertas



Apresentação

O Expressionismo Alemão foi um estilo cinematográfico, cujo auge se deu na década de 1920, caracterizado pela distorção de cenários e personagens, através da maquiagem, dos recursos de fotografia e de outros mecanismos, com o objetivo de expressar a maneira como os realizadores viam o mundo.

O período de 15 anos que decorreu entre a revolução de novembro de 1918 e a ascensão de Hitler ao poder, em janeiro de 1933, é conhecido na história alemã como a época da Cultura de Weimar. Foi um momento muito especial no qual um clima derrotista e depressivo, resultante do desastre militar de 1918, coexistiu com a extrema criatividade artística e intelectual. Berlim tornou-se a capital da vanguardas nos anos 20.



O Expressionismo no cinema alemão começa em 1919, com o célebre O Gabinete do Doutor Calegari, de Robert Wiene. O filme nos transporta para um mundo de puro pesadelo que coincide com a instabilidade política do momento: muros cheios de grafites, prédios inclinados, cenários desbotados de onde se destacam figuras geométricas e personagens alucinadas. O horror, o fantástico e o crime eram os temas dominantes do Expressionismo no cinema. Nosferatu, Uma Sinfonia de Horror (1922), de Murnau, e Dr. Mabuse, O Jogador (1922) e Metrópolis (1926), ambos de Fritz Lang, foram outras obras significativas do movimento.

O Expressionismo trouxe uma nova forma de cinema, com temas sombrios de suspense policial e mistérios em um ambiente urbano, personagens bizarros e assustadores, uma distorção da imagem devido a uma excessiva dramaticidade tanto na atuação quanto na maquiagem e cenografia fantástica de recriação do imaginário humano. A influência dos expressionistas do cinema se fez sentir em Hollywood, tanto na temática quanto na linguagem, inclusive porque muitos dos diretores alemães de então migraram para os EUA e lá realizaram filmes. O Expressionismo influenciou particularmente dois gêneros, o cinema de terror e o filme noir.



Conteúdo programático

Aula 1 (8/Outubro) - Cronologia do Cinema Clássico Alemão
  • As origens do cinema fantástico alemão (1922 - 1919)
  • Pesadelo e loucura na visão expressionista (1920 - 1924)
  • Poesias da cidade e delírios megalômanos (1925 - 1929)
  • O cinema sonoro e o fantasma do nazismo (1929 - 1933)

Aula 2 (9/Outubro) - Os Grandes Diretores do Expressionismo
  • Richard Oswald: o esquecido artesão do horror
  • Robert Wiene: o legado de um cineasta visionário
  • Fritz Lang: o grande mestre em todos os gêneros
  • F. W. Murnau: a visão sombria de um gênio absoluto
  • Paul Leni: o horror com toque de humor e magia
  • G. W. Pabst: o cronista da angústia e da decadência


Aula 3 (10/Outubro) - O Expressionismo em temas - Parte I
  • Duplo maligno (O Outro; O Estudante de Praga; O Pavor; Metrópolis)
  • Criação de vida artificial (O Golem; Homunculus; Mandrágora; Metrópolis)
  • Pactos diabólicos (O Estudante de Praga; O Retrato de Dorian Gray; Fausto)
  • Morte personificada (Hilde Warren e sua Morte; Pode o Amor mais que a Morte)


Aula 4 (11/Outubro) - O Expressionismo em temas - Parte II
  • Dramas históricos (Madame DuBarry; Sumurun; Ana Bolena; Helena de Tróia)
  • Gênios do crime (O Gabinete do Dr. Caligari; As Aranhas; Dr. Mabuse; Metrópolis)
  • Decadência moral (A Última Gargalhada; Diário de uma Pecadora; O Anjo Azul)
  • Mulheres fatais (A Múmia; Genuine; A Caixa de Pandora; O Anjo Azul)



Ministrante
Carlos Primati

Jornalista, crítico, historiador e pesquisador dedicado a tudo que se refere ao cinema de horror mundial. Publicou artigos em livros sobre a obra do cineasta José Mojica Marins e sobre o Horror no Cinema Brasileiro. Colaborou no livro Maldito, de André Barcinski e Ivan Finotti, e co-produziu a Coleção Zé do Caixão em DVD, vencedor do 1º Prêmio DVD Brasil como melhor coleção do ano.
Publicou textos nas edições especiais O Livro do Horror (Herói), O Super Livro dos Filmes de Ficção Científica (Superinteressante) e A História do Rock (Bizz). Criou e editou a revista Cine Monstro, e trabalha na organização de uma monumental enciclopédia sobre filmes de horror.
Colaborador de publicações como O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde, Bizz, Set, General, Herói, Conecta, Dark Side, DVD Total, Showtime, Mundo Estranho, Flashback, Monet etc. Editou o livro Voivode: Estudos Sobre os Vampiros e escreveu o volume sobre Séries de TV da Coleção 100 Respostas (Mundo Estranho).

Já ministrou os cursos “A Obra de Alfred Hitchcock” e “História do Cinema de Horror” pela Cena UM.



Curso EXPRESSIONISMO ALEMÃO - UMA SINFONIA DE LUZES E SOMBRAS - de Carlos Primati

Datas: 08, 09, 10 e 11 de Outubro
Horário: 19h30 às 22h
Local: Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, nº 959 – Porto Alegre / RS)
Investimento: R$ 90,00 (valor promocional de R$ 80,00 para as primeiras 10 inscrições)
Material: Apostila e Certificado de participação

Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9176-4757

Realização: Cena UM


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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cinema dos Anos 60



Apresentação

A década de 60 foi um período extremamente criativo e revolucionário em diversas cinematografias ao redor do mundo. O momento era de contestação e rediscussão dos modelos sociais. E o cinema desta época refletiu este desejo de mudança. Diferentes formas de ver, fazer e produzir filmes se manifestaram e um novo modelo de cinema surgiu. O curso NOVOS CINEMAS DOS ANOS 60, ministrado por Leonardo Bomfim, fará um recorte histórico daquela época em 3 Módulos de estudo que abordarão as principais cinematografias que redefiniram o cinema mundial.



Objetivo

Apresentar uma visão contextualizada e aprofundada do que significou a ruptura estabelecida na década de 1960 com os chamados “Novos Cinemas” – procurando identificar uma pré-história das rupturas nas décadas anteriores e a futura relevância para o cinema contemporâneo. Da Nouvelle Vague ao Novo Cinema Tcheco, do Cinema Novo Brasileiro à Nouvelle Vague Japonesa, quais os pontos de contato e de distanciamento entre os movimentos de vanguarda do cinema dos anos 1960?



Justificativa

Trata-se de um momento destacado da história do cinema, que vê a estréia de cineastas seminais como Jean-Luc Godard, Glauber Rocha, John Cassavetes, Alain Resnais, entre outros – talvez a primeira geração com total consciência histórica e estética do próprio cinema –, além do surgimento de cinematografias periféricas propondo rupturas radicais. Por sua liberdade em relação à linguagem, os “Novos Cinemas” podem ser considerados, ao mesmo tempo, o ápice do período moderno e o início do cinema pós-moderno. Para a devida compreensão das questões colocadas pelo cinema contemporâneo é de suma importância que se discuta as rupturas dos anos 1960.


Público alvo e Metodologia

Qualquer pessoa interessada em cinema, do iniciante ao estudioso. As aulas terão um suporte didático, com exibição de trechos de filmes e a distribuição de textos de referência, fazendo com que o aluno interessado possa acompanhar os encontros, mesmo sem um conhecimento prévio da história do cinema. A partir da contextualização histórica, pretende-se aprofundar as questões estéticas e de linguagem que aqueles filmes colocam. Portanto, a proposta é que um iniciante no assunto saia da oficina tendo uma visão bem ampla do que foram os “Novos Cinemas” dos 1960; e que o aluno que já tenha intimidade com o tema tome contato com uma abordagem diferente daquele universo. A estrutura cronológica das aulas pretende oferecer aos alunos uma possibilidade de construção de pensamento relacionada ao tema, para que no fim todos possam ter uma compreensão particular do que significaram os “Novos Cinemas”.


Conteúdo programático

Módulo 1
Introdução, Nouvelle Vague e Cinema Novo

Aula 1: A pré-história dos Novos Cinemas: a descoberta do cinema moderno pela crítica francesa, a defesa da mise en scène como aquilo que define a autoria do filme,  o cinema europeu do pós-guerra, as renovações pós-Orson Welles em Hollywood – é o cenário que encaminha as rupturas dos anos 1960. A Nouvelle Vague surge nesse contexto, é o grande movimento dos anos 1960, aquele que origina praticamente todos os outros novos cinemas. Mas existe uma Nouvelle Vague?

Aula 2:  Quando a revista francesa Cahiers du Cinéma resolve mapear as novidades cinematográficas em outros países, o Cinema Novo é colocado em destaque. Em meados dos anos 1960, vira sinônimo de cinema revolucionário. Que revolução propõe o Cinema Novo? Descobrir um Brasil; parece ser o lema dos primeiros filmes. Após o Golpe Militar, olhar para si torna-se quase obrigação. É o momento em que surge o Cinema Marginal – uma ruptura ou uma radicalização da estética cinemanovista?



Módulo 2
Nouvelle Vague Japonesa e Novo Cinema Tcheco

Aula 1: A Nouvelle Vague Japonesa representa uma ruptura significativa na cultura japonesa que, inclusive, transcende o cinema. A modernização crescente do país a partir do pós-guerra e a inevitável presença dos jovens começam a apagar a imagem clássica e conservadora que o país cultivava. Nesse contexto, a política e a figura da mulher se tornam a questão mais importante do jovem cinema japonês.

Aula 2: A ruptura do cinema no contexto comunista. A relação entre o Novo Cinema Tcheco e a produção do Leste europeu daquela época, especialmente a polonesa, tão festejada pelos críticos. Símbolo máximo da Primavera de Praga, os filmes tchecos optaram pelo humor caótico, de inclinação absurda, para colocar em cena os dramas de uma nação que vivia sob os olhos atentos da União Soviética.



Módulo 3
NOvo Cinema Americano e fim de caso?

Aula 1: Uma questão fundamental: pensar Hollywood no contexto dos Novos Cinemas. Como a indústria do cinema reage à mudança do estado das coisas do cinema? Ao mesmo tempo, ganha força o underground de Jonas Mekas e Andy Warhol. John Cassavetes também renova o cinema americano, autorizando a turbulência na mise en scène. No fim da década, filmes como Bonnie & Clyde, de Arthur Penn, e Sem Destino, de Dennis Hopper, acentuam o surgimento da geração que tomaria conta de Hollywood nos anos 1970. Há uma real ruptura ou uma continuidade que absorve apenas alguns aspectos dos novos cinemas?

Aula 2: A ressaca dos anos 1970 em filmes que ilustram tal condição: Tudo Vai Bem (Jean-Luc Godard, 1972), A Mãe e a Puta (Jean Eustache, 1973) e Quando Explode a Vingança (Sergio Leone, 1971). Num sentido estético, quais caminhos o cinema toma após a sobreposição de rupturas durante a década de 1960? E a herança dos Novos Cinemas para o cinema contemporâneo – o que sobrou?



Ministrante
Leonardo Bomfim
Jornalista e Mestre em Comunicação Social pela PUCRS. Membro da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul – ACCIRS. Curador das mostras “Cinema Marginal” e “Cinema Black”, realizadas na sala de cinema P.F. Gastal. Diretor do documentário em longa-metragem Nas Paredes da Pedra Encantada (2011).  Diretor do videoclipe A Marchinha Psicótica de Dr. Soup, do Júpiter Maçã. Publicou artigos em revistas como Teorema; Norte; Noize e em sites como Senhor F; Fronteiras do Pensamento e Rock Press. Editou o site Freakium, sobre cultura pop, música e cinema, de 2005 a 2007. Atualmente, mantém o blog http://freakiumemeio.wordpress.com.


Curso NOVOS CINEMAS DOS ANOS 60 - de Leonardo Bomfim

Datas:
Módulo 1: 25 e 27 de setembro (terça e quinta)
Módulo 2: 02 e 04 de outubro (terça e quinta)
Módulo 3: 16 e 18 de outubro (terça e quinta)
Horário: 19h30 às 22h
Local: Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, nº 959 – Porto Alegre / RS)
Investimento: R$ 120,00 (3 Módulos) - Depósito bancário / Cartão de crédito
Material: Apostila e Certificado de participação

Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9176-4757

Realização: Cena UM


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PARA FAZER SUA INSCRIÇÃO NOS 3 MÓDULOS PREENCHA O FORMULÁRIO ABAIXO.
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Na mídia


domingo, 2 de setembro de 2012

Programação completa




APRESENTAÇÃO

O diretor italiano Sergio Leone alçou fama mundial a partir de 1964, ao conceber uma trilogia informal de westerns produzida com custo irrisório, filmada nos desertos da Espanha, reaproveitando cenários e figurinos de outras produções, e estrelada por atores então desconhecidos. Graças ao tratamento estilístico original e cuidadoso com que tratou o gênero western – enormes close-ups de rostos suados, figurinos empoeirados e esfarrapados, humor negro e violência estilizada, trilha sonora que misturava melodias pop, orquestrações grandiosas e ruídos oriundos da música concreta –, Leone foi capaz de tornar esses filmes grandes sucessos internacionais de bilheteria.



O sucesso dos filmes de Sergio Leone produziu muito mais do que um grande astro, na pessoa de Clint Eastwood. Ele criou em torno de si todo um ciclo de produções populares – um ciclo que ficou conhecido como spaghetti western – que sustentou financeiramente o mercado cinematográfico italiano por quase duas décadas, produzindo mais de 550 longas-metragens e concretizando um dos mais importantes ciclos de cinema popular de toda a história do cinema.

Além disso, Sergio Leone também ofereceu uma contribuição decisiva à renovação do repertório de técnicas cinematográficas narrativas e estilísticas, que o cinema moderno europeu (encabeçado por Jean-Luc Godard, François Truffaut, Ingmar Bergman, Michelangelo Antonioni e outros nomes importantes) levava a cabo na época. Dessa forma, boa parte das técnicas usadas regularmente nos filmes contemporâneos para contar histórias no meio audiovisual têm sua origem nos westerns de Leone.



O curso Sergio Leone – Era uma Vez o Spaghetti Western, ministrado por Rodrigo Carreiro, pretende dissecar a carreira e a obra de Sergio Leone, analisando de maneira detalhada os principais aspectos narrativos e estéticos dos filmes que ele realizou, e articulando essa análise não apenas com o desenvolvimento histórico do ciclo de westerns italianos, mas também com a construção de todo um repertório de ferramentas narrativas que se tornaria parte fundamental da arte de contar histórias com imagens e sons na atualidade.



EMENTA E OBJETIVO

O curso pretende abordar a história e a estética do spaghetti western, tendo como eixo a obra de Sergio Leone, cineasta pioneiro no desenvolvimento das características de estilo que marcaram este ciclo do cinema popular italiano.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

AULA 1 (15/Set): Contexto histórico e cronologia do gênero
  • O Spaghetti Western no contexto do cinema popular italiano;
  • O modo de produção do Spaghetti Western;
  • A origem do gênero: causas e contexto sócio-cultural;
  • A história do Spaghetti Western: uma divisão em quatro ciclos;
  • O papel de Sergio Leone no desenvolvimento do gênero.


AULA 2 (16/Set): Estilo e narrativa do Spaghetti Western
  • Principais temas, personagens e ferramentas estilísticas do Spaghetti Western;
  • O papel de Sergio Leone na constituição das características do gênero;
  • Análise detalhada de cenas e sequências dos principais filmes de Leone.




Ministrante
RODRIGO CARREIRO
Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador do Bacharelado em Cinema e Audiovisual da mesma universidade. Doutor e mestre em Comunicação pela UFPE, com tese de doutorado defendida sobre a obra de Sergio Leone. É Bacharel em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (1994). Atua principalmente nas áreas de teoria e história do cinema, análise fílmica, gêneros fílmicos e estudos do som, com ênfase na pesquisa do estilo cinematográfico.



Curso "SERGIO LEONE - ERA UMA VEZ O SPAGHETTI WESTERN" - de Rodrigo Carreiro
Data: 15 e 16 de setembro
Horário: 9h30 às 12h30
Local: Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, nº 959 – Porto Alegre / RS)
Material: Apostila e Certificado de participação

Investimento: R$ 80,00 (valor promocional de R$ 70,00 para as primeiras 15 inscrições)
* Alunos da ACIRS têm desconto de 10% - Inscrições AQUI

Informações: cenaum@cenaum.com / Fone: (51) 9176-4757

Realização: Cena UM
Patrocínio: Sapere Aude Livros / Back in Black  /  ACIRS


PARA EFETUAR A INSCRIÇÃO PREENCHA O FORMULÁRIO ABAIXO: