domingo, 29 de dezembro de 2013

Brian De Palma



APRESENTAÇÃO

Brian De Palma é um dos nomes mais importantes da renovação do cinema norte-americano, iniciada no desfecho dos anos 1960, que reconfigurou e deu novo fôlego a Hollywood nas décadas seguintes. E mais do que isso, De Palma é um dos nomes mais instigantes da história recente do cinema, um raro caso de sucesso constante de público e crítica – conseguindo transitar com maestria entre filmes ousados e blockbusters sem jamais abandonar sua grande obsessão: o poder da imagem.




Grande parte de da obra cinematográfica de Brian De Palma foi marcada por temas de suspense, morte, crimes e perturbações psíquicas de muitos personagens de seus filmes. Em razão deste universo fílmico e de sua habilidade técnica, o cineasta passou a ser considerado um sucessor natural de Alfred Hitchcock, de quem o acusavam ser um mero imitador. De Palma nunca negou sua admiração pelo mestre “Hitch”, mas, com seu apurado senso estético, caracterizado pela estilização gráfica, trucagens e elaborada mise en scène, foi mais além, e aventurou-se onde o cineasta inglês nunca ousou chegar.

O "Curso de Férias" “Brian De Palma: O poder da imagem” será ministrado por Leonardo Bomfim nos dias 07 e 08 de janeiro de 2014, no Santander Cultural, em Porto Alegre.





TEMAS DO CURSO
  • A renovação do cinema de gênero nos anos 1970. De que forma De Palma, herdeiro assumido de Alfred Hitchcock, trabalha os clichês narrativos e estéticos do suspense e do horror. A aproximação da sua obra à de cineastas contemporâneos que também buscavam novas abordagens dentro dos gêneros, como Claude Chabrol, Dario Argento e David Cronenberg.
  • A obsessão com a imagem leva De Palma a retomar obras singulares de Hitchcock (Janela IndiscretaUm Corpo que Cai) e Michelangelo Antonioni (Blow-Up) que lidaram com o tema. Nos anos 1950 e 1960, a relação entre imagem e verdade foi colocada em crise. É a essência do cinema moderno. Em filmes como Um Tiro na Noite (1981); Dublê de Corpo (1984); Missão Impossível (1996) e Olhos de Serpente (1998), De Palma revisita a questão, dando continuidade à problemática moderna a partir de um novo olhar.
  • Brian De Palma coloca o cinema como elemento central de sua obra sem cair num gueto metalinguístico. O cinema é um meio, não o fim. Na virada dos anos 1980, o crítico francês Alain Bergala notou uma tendência maneirista que rondava diversos filmes: era impossível fazer algo novo, todas as possibilidades clássicas e modernas do cinema já haviam sido atingidas. O peso dessa constatação aparece estética e narrativamente na obra de Wim Wenders e Jean-Luc Godard, por exemplo, cineastas que no início dos anos 1980 lamentavam uma possível morte do cinema. De Palma aparece no extremo oposto. Tem a consciência de que veio depois, que nunca poderá realizar mais do que Hitchcock, mas faz disso justamente a matéria-prima de sua obra. É como se dissesse a cada cena memorável, como a da escadaria em Os Intocáveis (1987) ou a do assassinato no elevador em Vestida Para Matar (1980): "se tudo já foi feito, eu posso criar a partir de tudo". É dessa forma que De Palma promove uma verdadeira festa ao cinema em sua filmografia.



Curso “BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM
de Leonardo Bomfim

  • Data: 07 e 08 de Janeiro de 2014
  • Horário: 16h30 às 19h
  • Local: Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028 - Centro Histórico – Porto Alegre – RS)
  • InvestimentoR$ 60,00
  • Formas de pagamentoCartão de crédito (PagSeguro) / Depósito bancário
  • Material: Apostila e Certificado de participação
  • RealizaçãoCena UM
  • Apoio: Santander Cultural
  • Patrocínio: Back in Black
  • Parceria: Espaço Vídeo


INSTRUÇÕES PARA EFETUAR A INSCRIÇÃO

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